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Brasil vence a Colômbia e garante o bronze como prêmio de consolação


Impossível dizer que serviu para amenizar o desastre do dia anterior. Ainda com a ressaca da derrota para Porto Rico na semifinal, o Brasil, ao menos, fez o seu papel. Diante da fraca Colômbia, a seleção não encontrou sequer um segundo de dificuldade para chegar à vitória por 87 a 48 e assegurar o pódio nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. O gosto da medalha, porém, veio um tanto amargo: ao contrário do ouro esperado, o bronze, que chegou como prêmio de consolação. No fim, um sorriso sem graça no rosto das jogadoras na hora da comemoração.
A medalha de ouro ficou justamente com o algoz do Brasil na semi. Porto Rico voltou a surpreender, silenciou o ginásio e bateu o México por 85 a 67. A seleção portorriquenha, que só tinha vencido duas partidas na história dos Pans, cumpriu uma campanha heroica em Guadalajara.
Iziane basquete Brasil Colômbia Pan (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Iziane liderou o Brasil contra a Colômbia (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
O jogo do bronze foi um festival de erros dos dois lados. À espera da final entre mexicanas e portorriquenhas, a torcida da casa assistiu a uma partida morna, sem qualquer emoção. Mesmo mal, o Brasil contou com a falta de qualidade das colombianas para ficar com o bronze. Iziane, com 20 pontos, foi a cestinha, com Érika, com 14, de coadjuvante. Leidy Sanchez, com 12, foi a cestinha do outro lado.
- A decepção da derrota de ontem vai me acompanhar por muitos dias. Esse terceiro lugar não vai descer para mim. É fim de temporada, meu corpo já estava cansado, mas meu desempenho até que foi bom – afirmou Iziane após a partida desta terça.
O jogo
A tranquilidade que faltou diante de Porto Rico, a seleção mostrou em excesso no primeiro quarto. Sem pressão, as jogadoras logo abriram 7 a 0 de vantagem contra as colombianas, que pouco conseguiam criar. Se Iziane carregava demais a bola, também acertava a mão nos arremessos. Com dez pontos da ala e uma cesta de Tássia no último lance, a equipe terminou o primeiro quarto com 24 a 11 no placar.
A seleção voltou a desligar o motor no início do segundo quarto. Se não apresentavam sinais de qualidade de jogo, as colombianas ao menos mostrava muito mais vontade de subir ao pódio. À base dos erros brasileiros, as rivais diminuíram a vantagem para cinco pontos: 25 a 20 a favor da equipe de Ênio Vecchi.
Uma cesta de três de Palmira devolveu a tranquilidade e oito pontos de diferença no placar. Os erros, porém, eram gritantes. Dos dois lados. Passes e arremessos errados em nada empolgavam a torcida mexicana, que, em bom número, chegou mais cedo ao ginásio antes da final. A ingenuidade colombiana era maior do que a vontade, e Tássia voltou a colocar o Brasil 13 pontos à frente com uma cesta de três: 33 a 20.
Nos cochilos das brasileiras, as colombianas encostavam, muito pela mão um pouco mais certeira de Leidy Sanchez. Mas o jogo seguia tranquilo, e Ênio Marques se deu ao luxo de segurar Damiris, Iziane e Érika no banco de reservas. Foi sem elas que o Brasil fechou o primeiro tempo com 41 a 30.
Na volta à quadra, as jogadoras seguiram o mesmo roteiro. Os dois lados atuavam mal e erravam muito, mas o Brasil continuava soberano. Aos poucos, a Colômbia se entregou, e, sem fazer força o Brasil já tinha 29 pontos de diferença no placar: 69 a 41.
O último quarto foi dos mais sofríveis. De um lado, as colombianas pareciam enxergar a cesta em outro lugar e erravam praticamente todos os arremessos. Do outro, as brasileiras amoleceram com a facilidade do jogo e começaram a errar passes cada vez mais fáceis. Os únicos aplausos da torcida vieram com a chegada da seleção mexicana à arquibancada.
O jogo, então, virou coadjuvante. Em quadra, brasileiras e colombianas seguiam com seus erros, e a partida se encaminhou para o fim. Com o bronze garantido, as brasileiras apenas esperaram o cronômetro zerar: 87 a 48.

FONTE: http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2011/10/brasil-vence-colombia-e-garante-o-bronze-como-premio-de-consolacao.html

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